sábado, 6 de agosto de 2011

Saúde Sexual



DST na adolescência: a maior arma é a informação

Uma boa relação entre pais e filhos, médico e paciente é o primeiro passo para uma boa educação sexual


A adolescência é uma fase de transição com muitas mudanças biológicas. É o momento de buscar identidade, autonomia, independência, vocação e conduta responsável para encarar a vida adulta. No meio disso tudo, surgem experiências sexuais muitas vezes sem a orientação adequada. Entre os resultados, gravidez não planejada e doenças sexualmente transmissíveis.

As DSTs representam um grave problema de saúde pública por suas repercussões médicas, sociais e econômicas. São também um fator de diminuição da fertilidade e incidência de casos de mães que perdem seus bebês. Os casos de doenças sexualmente transmissíveis vêm aumentando em todo o mundo entre adolescentes e os números divulgados estão bem abaixo das estimativas. Isso porque apenas a aids e a sífilis são de notificação compulsória, ou seja, têm que ser avisadas de que estão acontecendo.

Os adolescentes parecem não estar seguindo as orientações, apesar do acesso a informações e a métodos anticoncepcionais de barreira, distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde. Em 2010, um estudo realizado no serviço de Ginecologia da Infância e Adolescência da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública mostrou que 20% de meninas com idades entre 14 e 19 anos apresentavam frequentemente alguma DST.

Os estímulos para o sexo estão cada vez mais presentes no dia a dia. São letras de músicas, danças, programas de televisão. Por outro lado, na urgência do cotidiano, os pais encontram cada vez menos tempo para conversar com os filhos. A educação sexual então acaba sobrando para a escola ou para os amigos, quando deveria começar em casa, ser complementada pela escola e encaminhada por um profissional de saúde.

É fundamental que a família preste atenção nas mudanças que acontecem nessa fase do desenvolvimento. Quanto mais próximos estiverem pais e filhos, menores serão os riscos de informações indevidas, além de sempre ser possível perguntar alguma coisa. A internet também é uma boa fonte de consulta. O importante é que as dúvidas sejam sempre esclarecidas e dialogadas. Se necessário, sob intervenção médica.

Mas afinal, o que colabora com a alta incidência e a prevalência de DST e de infecção pelo HIV em mulheres jovens? Fatores psíquicos, biológicos e socioeconômicos. Destacamos também como variáveis que parecem estar direta ou indiretamente envolvidas com a ocorrência de DST: renda familiar, grau de escolaridade, situação conjugal, uso de drogas, pessoas com quem mora, relação com os pais e história de violência familiar.

Fonte: iSaúdeBahia

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